Já disse que amo Peter Lindbergh.

Parte da minha admiração por ele era a forma que fotografava mulheres deixando-as serem vistas além das marcas que representavam.

Ele entendia muito sobre o que é bonito: o movimento dos cabelos, o jeito de andar; de colocar as mãos no rosto, de prender os cabelos…


Bom encontrar semelhanças no meu guarda-roupa PB, e muito porque sempre achei difícil entender como a produção às vezes esconde o que temos de mais bonito.


Olho para as roupas e as imagino sem cor. Se em PB ficar bonito, em cor também vai ficar. Nele, vermelhos e azuis se transformam em cinza, chumbo; tons mais variáveis da zona de cinzas. E se existe uma cor que você usa e todo mundo elogia, significa que ela acerta. Seus olhos serão mais festivos. E autoconfiança é o que há de mais fotogênico.
Tudo que veste precisa ser pra você, pro seu corpo. De forma tão genuína que parece vestir sua alma junto.


Porque fotografia é para sempre. Guarda a gente. E escolher coisas que nos representam é uma forma de sermos justos conosco. Corte bonito, tecido gostoso são um excelente começo.

Adoro linho quando penso nisso. Jeans escuro e camisa branca com bom corte. Vestido longo. Pés descalços. Moletom e as blusas mais confortáveis do armário. Não precisa ser novo. Precisa que goste do que vê quando se olha no espelho.

O sexy está na simplicidade. É minha opinião. Não está no excesso, mas mora com a confiança e junto com a entrega.
Por isso queria ver mais das mulheres sem tanto medo dos rótulos sobre o que é ser bonita hoje em dia. Menos trocas de roupas. Mais básicos, mais a sensação de que foto é presente, e todos merecemos ter um bonito.

E por falar em beleza, nada mais lindo que os olhos. O olhar. A coisa física mais forte que temos. A coisa única, e que não se repete. Invista neles com tons de marrom, pêssego ou um preto borrado. (É lindo!)
E nas fotografias, meu desejo por mais movimento, por mais pedaços, e não só o inteiro… E conclusão: quando a gente veste a coragem, se despe das coisas que não importam. Convite: se olhe mais. E quando gostar, fotografe. 🙂

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