Faz tempo que ando ensaiando voltar aqui.
Ensaio na cabeça. Escrevo o texto quase todo, e volto atrás.
É que muita coisa parece que deixou de fazer sentido. Ainda não sei ao certo.
Talvez sejam as conexões de que ando sentindo falta desde que “concluí” que tive covid.
Talvez seja esse tempo todo que começou minando nossa esperança, e que ainda insiste em levar nossa confiança.

Olho todos os dias para vida procurando a leveza, a saúde, uma luz no fim do túnel … Não só pra mim. Mas em todo mundo.

Me sinto feliz quando percebo que ainda consigo ver beleza. Que o que alegra está aqui, apesar de tudo.

Ando tomando mais café que de costume.
Ando tendo mais exaustão, mesmo “trabalhando menos”; ando buscando em mim, na minha história, nas minhas lembranças, motivos para não perder a coragem.

Ando vendo mais fotos antigas, revisitando anotações.
Ando sentindo muito. Mais que de costume.

É como acordar numa pista de corrida, sem ser atleta. Sem entender porque estou nessa competição. Sem poder escolher a hora de começar a correr.
Falta fölego, tem queda, e mesmo assim, não me permito desistir da prova.

Acho que você, de alguma forma entende o que eu digo.

Então, hoje abri uma caixinha de perguntas para deixar coisas boas lá nos stories.

Coisas pra conhecer, para lembrar e dividir.

Escolhi dividir essa imagem.
É de celular, mas de uma memória linda.
De um tempo importante e de uma descoberta muito pessoal que sempre me traz de volta.

Nesse dia eu era essa janela acesa aí.

E nessa noite eu combinei comigo nunca desistir de mim.

Que a gente continue.
Com medo mesmo.
Na marra, se for preciso.
Por nós. Por quem se importa com a gente.

Somos fortes.
Muito mais fortes que imaginamos.

pt_BRPortuguês do Brasil