Um clássico: criança esquecida na escola. Então era eu, aos 9 anos, aprendendo a esperar. O colégio era pequeno e meus irmãos e eu éramos novatos, na escola e na cidade. Enquanto eles tentavam contato com meus pais, eu pensava “Esquecidos? Não, a mãe e o pai devem estar fazendo alguma surpresa pra gente! ”. Uma hora depois e.…. Nada.

Então, alguém teve a ideia de ir andando até nossa futura casa, que era perto da escola, para saber se, por acaso, eles não estariam por lá. Nada.

Voltamos. Os donos da escola, que moravam anexo ao colégio, colocaram a gente na casa deles, na mesa de jantar deles e de frente para a comida quentinha deles. Se eu refuguei? Nada!

Ainda tenho muito desse serzinho otimista, que era bom em lidar com vários “nadas”. Mas, em meio à dura espera que se impôs nessa pandemia, volta e meia preciso me lembrar: Aninha, Aninha, dê um jeito de aproveitar o momento e seja feliz enquanto seus pais e a vacina não veem.

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